segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Capitulo Um - O filho pródigo

Alberich Cepiscky era um homem troncudo, “Mas não gordo!”, como dizia com freqüência. Tinha uma cabeleira cacheada que caía sobre sua testa. Cabelos pretos e olhos castanhos mel, queixo quadrado e rosto redondo, essas completavam sua feição. Era um camponês e ganhava a vida vendendo os grãos de trigo e cereais que plantava em sua propriedade ou arredores, para os comerciantes do vilarejo próximo chamado Port-Auxnstein. Tinha herdado de seu pai, toda a propriedade que não era tão grande assim. De personalidade branda, quase nunca se irritava; via o mundo com outros olhos, com os olhos de um Cepiscky. Mesmo quando a Guerra das Charnecas se acentuava no norte, ele foi o único homem do Entorno que não lutou e por isso uma vez Robben Rudesco, quando jovem comentou: “Ele é um autentico camponês desinteressado.”. Havia nascido ali, e quando ainda era jovem, pouco antes dos vinte, 20, viajou boa parte do reino; foi do Entorno até as Praias Brancas do extremo sul onde conheceu seu então amigo, o mago Ranuran. Uma forte amizade surgiu deste então e mesmo anos depois da volta de Alberich para o Entorno os dois continuaram a se falar. Foi mais ou menos nessa época que conheceu sua então esposa Friya.

Friya Cepiscky possuía um queixo fino, olhos azuis – eram expressivos – e cabelos castanhos longos, lisos que lhe caia sobre as costas; era magra e relativamente alta. Embora morasse no Entorno de Port-Aux, ela havia nascido na capital do reino: Drehimzjuhrd, porém mudou-se para lá aos dezenove anos, quando decidiu que a vida na cidade de pedra era horrível; eis que conheceu Alberich à beira de uma estrada. Paixão à primeira vista foi o que ocorreu. Onze meses depois os dois casaram-se, logo após a morte dos pais de Alberich que foram enterrados numa cerimônia tão triste quanto o imaginável em pleno mês de abril.

— Lá se vai um homem excepcional. — diziam os amigos convidados. Durante todo o mês seguinte um boato grotesco surgiu, dizendo que Alberich e Friya haviam matado o patriarca e matriarca Cepiscky para poderem ter para si toda a fazenda.

— Aquela mulher. — disse rispidamente uma velha senhora sentada num banco num dia distante. — Vê? Veio de Drehimzjuhrd só para usurpar o pobre Alberich que anda todo tão desmiolado depois que voltou das Praias Brancas no ano passado.

— Desmiolado? Bom Senhora não sei a respeito de desmiolado, mas meio imbecil talvez.

— Imbecil? — analisou Senhora, e depois concordou.

É claro que esses comentários se extinguiram assim que Senhora foi morar com o neto numa cidade distante, pra lá do campo.

O Entorno era um vilarejo distante das cosmopolitas cidades. Era cercado por colinas verdejantes que tinham uma bela curvatura e que abrigavam, algumas, belos bosques mágicos de tão belos, em suas encostas ou até mesmo no pico e se uniam formando um belo braço ondulado e verde. Rios, lagoas e algumas cachoeiras espumantes completavam o cenário. A única moradia daqueles habitantes eram as fazendas, que ali costumavam ser vastas e – pelo menos a dos Rudescos – abrangiam grande parte dos campos tanto do norte quanto no sul, mas a dos Cepisckys não era assim.

Alfenzo Cepiscky, bisavô de Alberich, comprou as terras e as delimitou num ano longínquo, construindo um grande moinho na margem do rio Colinas, que cortava a propriedade, e fez também um grande cercado de pedra que circulava toda a propriedade, porém em alguns pontos é impossível avistar isso porque a sebe cresceu tanto que se confundia com as raízes e cipós de algumas arvores. A fazenda possuía um estábulo, onde havia duas vacas leiteiras e quatro cavalos; havia um criadouro de porcos; um criadouro de ovelhas; e por fim um galinheiro e mais ao fundo, próximo ao moinho e ao rio, havia uma plantação de trigo. Logo diante da fazenda (e em volta também) existia uma grande quantidade de colinas e bosques, a típica paisagem da região de Port-Auxnstein. Porém agora tudo isso estava enrijecido pelo frio do inverno e coberto pela neve que chegara prematuramente ainda nos últimos dias do outono.

Durante uma melancólica manhã quando a neve ainda não havia se intensificado Alberich viu voar pela sua cabeça, enquanto estava defronte a casa, um estranho corvo que trazia pendurado em seu pescoço um pequeno pergaminho enrolado e apertado com uma fita vermelha. Este animal voou e pousou em seu braço que estava estendido no momento.

Alberich pegou o pergaminho e o leu:

Caro Alberich Cepiscky.

Não tenho muito tenho tempo e neste instante necessito marcar um encontro contigo. Espero-te na colina defronte para a Colis-Turva, sei que está curioso, porém te conto no momento certo, no findar da segunda semana de inverno espero-te por lá. Não conte a mais ninguém.

Ranuran.

No inicio ficou intrigado com aquilo; porque será que Ranuran queria marcar um encontro no meio do nada num período em que nevascas costumavam açoitar aquela região sem dó? Soltou o corvo que se foi rapidamente desaparecendo no escuro céu; olhou para a sua casinha tentando notar se alguém o espionava e ao notar que não, guardou o pergaminho dentro da camisa.

Durante a tarde, Alberich foi ao campo, onde se colocou para pensar sobre o que leu enquanto fazia a ultima colheita. Foi lá que encontrou alguns vizinhos que falavam sorrateiramente:

— As notícias vindas da capital não são nada boas. — disse Tom Montvein enquanto Alberich cortava as espigas de trigo; Tom morava numa fazenda que ocupava toda uma colina um pouco distante de todas as outras que ao contrario ficavam rente à uma estradinha de terra batida na parte plana. — Os viajantes que voltam de lá, contam historias horríveis sobre uma possível morte do rei.

Alberich apurou os ouvidos e prestou atenção à pergunta de um homem gorducho e careca; era um Vartasein, morava numa fazenda ampla e vazia sem muitas construções, somente com uma grande plantação de aboboras ao fundo da Grande Casa:

— Mas por quê?

Tom respondeu-o num tom sério:

— Não se entra mais em Drehimzjuhrd sem pagar taxas e não se chega à Port-Auxnstein sem perder uma parte do que comprou. As coisas não vão nada bem...

Alberich refletiu por alguns segundos. — Não seria isso apenas boatos? — perguntou.

— Por que você acha que alguém iria inventar algo desse tipo, Alberich? — perguntou num tom arrogante, Tom. — Nem quero imaginar se isso realmente acontecer... Ficaríamos à míngua.

A neve que começava a cair já salpicava a vasta plantação dourada de branco. Havia sim uma preocupação geral por esse assunto, mas era de se explicar: o reinado não pressionava os camponeses do Entorno, nem com qualquer tipo de taxas ou com qualquer tipo de comando, eram todos livres para plantar e fazer o que bem entendessem.

— Bom, Tom, se isso realmente for verdade então o que poderemos fazer? — essa pergunta de Alberich deixou o homem um tanto desconcertado. Esse o encarou como se buscasse alguma resposta retórica cheia de sarcasmo dentro de seus olhos.

— Ah... De nada adianta fazer essas perguntas, Alberich. — respondeu Tom dando um forte puxão numa sacola de pano cheia dos últimos trigos. — Você deve saber que se trata de uma previsão não de algo real, embora tudo conspire para o comentado seja verdade.

— Bah! Ladainha! Há setenta e quatro anos aconteceu o mesmo... Disseram que o então rei: Ferba (que os deuses o tenham) havia sido morto e que um golpe estava sendo tramado. — E então quem assumiu o trono em Drehimzjuhrd? A família de Wellsexnstein! — exclamou uma vez o velho Robben Rudesco enquanto estava sentado dentro de sua charrete. — Durante meus 120 anos nada ocorreu... Por que ocorrerá agora? Ein?

Depois disso o sol se pôs no oeste e todas as línguas se levantaram para comentar o “tenebroso assunto” e discutir se seria realmente verídico.

A cada minuto algo era acrescentado e o medo se levantava junto com os boatos, até que todas as luzes e lareiras finalmente se apagaram, criando um breu único. As únicas luzes vistas eram das estalagens no meio de alguma estrada distante que brilhavam como vagalumes que pairam sobre o matagal.

A noite rugia sobre todos e Alberich nada disse à Friya. Foi deitar-se quando já tinha passado de meia-noite; remexeu-se na cama dura, rústica, ao lado de Friya e se questionou sobre o dito horas antes e pensou como seria o encontro com o mago na manha seguinte. Várias perguntas fluíam em sua mente e estava um tanto ansioso para se encontrar com Ranuran, embora sentisse um estranho frio na barriga. E então seu dia findou-se numa calma e muito aguardada noite de sono.

*

A história começa no instante em que as espessas nuvens cinzentas se fechavam lentamente no céu, impedindo, definitivamente que qualquer luz tímida do sol, transpassa-se. Naquela indiferente manhã escura onde as nevascas já começavam a surgir. Uma luz tremula que provavelmente seria de uma lareira, surgiu através do que seria a janela da cozinha da casa rústica dos Cepisckys.

Alberich surgiu pela porta vestindo uma capa cinza e vestes grosas. No inverno as perdas incontáveis era algo absolutamente inevitável, acostumado com isso Alberich não deu menor importância às grossas camadas de neve que já se acumulavam; rumou a passos lentos e foi se distanciando da casa.

Havia muita neve na soleira da porta, o que dificultou um pouco a sua saída.

Naquele instante tinha um compromisso que havia marcado sem o consentimento de Friya, e embora afundasse suas pernas na grossa camada de neve, tentava andar com todo cuidado para não fazer barulhos. A cada pisada que dava para tentar quebrar a camada espessa de neve, seus pés iam e voltavam doendo por causa do frio.

Lentamente, saiu da propriedade pulando sobre o portão de madeira que também já havia sido devorado e encoberto pela neve. Uma nevasca começava a se formar e Alberich pensou duas, três ou até mais vezes em prosseguir, mas decidiu ir, pois um Cepiscky cumpre o que fala.

Caminhava por onde deveria haver uma estradinha de terra branca e batida, ladeada de um lado pelo bosque e do outro pelas fazendas, mas como a neve caíra com intensidade nas ultimas noites estava praticamente impossível de se reconhecer esse cenário. Ali havia uma estradinha que era a principal ligação entre o Entorno e a vila de Port-Auxnstein e na maioria das vezes, principalmente à tardinha, era possível ver uma quantia razoável de comerciantes que passavam em suas carroças, cuidando de suas vidas e de seus negócios, mas com o inverno isso era algo totalmente raro de se ver. Alberich prosseguiu até onde deveria estar uma bifurcação da estrada, que se dividia em um caminho que levava para o sul – com destino à Port–Auxnstein – e outro que levava a norte – para um lugar conhecido na região como um grande local de festas chamado de Colina Grande, mas novamente a neve impossibilitava essa cena. Alberich avançou, caminhando sobre a imensidão branca até atingir a orla de um bosque que tinha suas arvores congeladas e aparentemente mortas. A partir deste instante, em que desviou da estradinha e caminhou adentrando o bosque, sentiu um calafrio. Fechou a capa em torno de seu corpo para se tentar se proteger do frio que congelava seu interior. “Porque ele insiste em reuniões no meio do nada?”, perguntou-se exasperado.

À medida que avançava, as arvores iam crescendo mais separadas o que dava à Alberich a sensação de insegurança, eram todas retorcidas e somente acrescentavam suspense ao local. Enfim, depois de caminhar quase dez minutos bosque a dentro, viu-se sair dele, e viu-se no topo de uma colina. Lá embaixo, no sopé, costumava ser um pasto nas estações favoráveis, mas agora não passava de um mar de neve, que se estendia até onde se iniciava a margem do rio Colinas e depois deste iniciava-se o sopé de outra colina, a Colis-Turva que estava coberta densamente por um bosque de pinheiros que não era nada mais do que uma grossa capa de verde e galhos espinhosos que tinham suas copas dominadas pela brancura da neve.

Não havia ninguém ali, algo que o enfureceu. Sempre soube que magos eram traiçoeiros. “Mas ele?”, perguntou-se novamente. Tornou a apertar a capa contra o corpo. Seus pés já estavam sucumbindo ao frio.

Embora fosse digno de uma moldura, admirar a paisagem era algo angustiante. As águas do rio fluíam com ferocidade, impedindo o frio de as congelarem e embora parecesse ser um rio raso e pouco perigoso, na verdade o Colinas era muito traiçoeiro; era palco de duas mortes.

Alberich sacudiu-se e começou a movimentar as pernas para tentar reanimá-las.

– Que bom que veio. – falou uma voz rompendo o amargurado silencio da colina.

De dentro do bosque, atrás de Alberich, surgiu, dando uma grande passada sobre a neve, um homem.

Este era alto, com barba branca que terminava na altura do peito; cabelos brancos cacheados, que terminavam no meio de suas costas; era velho; vestia uma longa veste azul e uma bela capa, presa ao ombro, de cor azul; e por fim portava um grande cajado, liso, reto e fino com umas escritas numa língua antiga, já morta, em sua extremidade superior. Era Ranuran.

– Ranuran, que susto! Por que demorou tanto? É bom que isso seja algo importante. – indagou Alberich após reconhecer o homem.

– Me desculpe Alberich, falha minha. – respondeu com uma voz calma, Ranuran. Trocaram olhares por um tempo e depois Alberich perguntou exasperado:

– O que quer? – perguntou Alberich elevando a voz. Um vendaval ainda passado por ali, congelando tudo em que tocava. O homem se enrijeceu.

Naquele instante tinha uma grande preocupação e sabia que Alberich era o único que o poderia ajudá–lo; por isso começou a falar:

– Sei que deve estar se perguntando: “Por que aqui? Neste tempo”, mas minha resposta é simples. Não tenho tempo a perder, já que o que eu temia acabou acontecendo. Há um grande mago, poderoso e perverso que fez a única coisa que, talvez, eu mais temia e que duvidava. A capital caiu Alberich, não estamos mais seguros, é por isso que o chamei aqui.

– O que quer dizer? — embora essa tivesse sido sua pergunta, no fundo queria dizer: “Então quer dizer que os comentários são reais!”, mas contentou-se com a feita.

– Em Drehimzjuhrd um mago tomou o trono. Uma nova ordem está para chegar. – Alberich franziu a testa. “Como podia o rei cair? A família real cair?”, começava a se preocupar.

– Oroboros permitiu que soldados, pudessem seqüestrar os filhos dos aldeões de Wellsexnstein e Port-Auxnstein...

– Mas isso é cruel. Horror! Estamos em risco então! – exclamou apavorado. — Pelas barbas, Ranuran! O que faremos, existem crianças aqui! — fez uma breve pausa e depois disse: — Então quer dizer que os boatos são mesmo reais?

Ranuran assentiu à primeira pergunta e à segunda ponderou:

— Quer dizer que isso já está sendo falado por aqui?

— Sim, mas em forma de boato... Ninguém quer — e ninguém vai — gostar muito se isso for verdade Ranuran

— Me desculpe não poder delongar, como de costume, mas é algo de extrema urgência Alberich. Preciso te mostrar isso...

Pondo a mão por dentro da capa, fez um brilho pálido, porém intenso, ocorrer fazendo Alberich piscar. Logo, em sua mão estava um cesto de palha, com muitos panos o envolvendo por dentro. Ao ver, Alberich ponderou:

— O que traz ai dentro? — Sua curiosidade era tamanha que chegou a não sentir mais o frio.

Ranuran soltou o cajado, que continuou de pé, baixou a cesta para que ambos pudessem ver com clareza o que tinha lá dentro.

Uma pequena brecha foi aperta entre os grossos panos e colocando seus olhos à dentro viu: uma criança se remexia sonolentamente, não passava de duas semanas de vida. Não media mais do que o antebraço de Alberich; tinha cabelos castanhos que estavam em meio aos panos colocados em volta de seu corpo, para aquecê-lo.

– Quem é? – perguntou Alberich.

– É a quem estou tentando salvar das garras de Oroboros. – a partir daquele instante a voz de Ranuran tornou-se embargada, algo raro, pois mesmo em momentos de duelos contra os espíritos decaídos ele nunca tremera. – Já fui em todas as minhas opções. Ele não tem mais para onde ir. Quero te fazer um apelo... Houve uma curta pausa, momento em que Alberich sentiu suas entranhas tremerem. O mago completou. – Fique com ele...

Se Alberich tinha um sonho, era o de ter um filho, um herdeiro para o nome Cepiscky. Ele sabia que Friya iria amar essa possibilidade, mas também sabia que ela ia se revoltar com o fato de que Alberich fizera tudo sozinho.

— Será perigoso? E se ele nos achar? Porque você está tentando salva-lo? — perguntou o camponês temeroso. — Vo.. Você é um mago poderoso; podia ficar com ele e nada aconteceria.

– Não posso ficar com ele; é jovem demais para conviver com um velho rabugento como eu. Não há riscos para ele aqui no Entorno. Este menino é de muita importância no nosso futuro Alberich, algo que de momento você não entende, porém vai entender! – respondeu o mago com uma voz calma, mas ainda embargada. – Se há um lugar para ele, esse lugar é aqui.

Alberich franziu a testa pensativo; pensou; pensou novamente. Não queria problemas para sua vida que ia muito bem sem aventuras ou magos das trevas amaldiçoando tudo que via pela frente. Queria muito poder aceitar aquele menino, mas e se Oroboros o descobrisse? Ele, o bebe, poderia acabar com a vida de Alberich e Friya. “O que fazer?”, pensou de forma furtiva. Mas poderia arriscar; aquela criança inofensiva, aparentemente, corria um grande perigo e poderia morrer; Alberich não queria isso e sabia que Friya iria concordar com ele, iria entendê-lo! Poderia aceitar o menino e nunca o contar o que aconteceu sobre o perigo que correu. O menino teria sempre sob seus cachinhos a idéia de que sempre, sempre fora um Cepiscky. “Isso!”, afirmou mentalmente.

– Dê-me! – afirmou estendendo os braços para pegar o cesto que logo o escondeu debaixo da grossa capa.

Os olhos de Ranuran marejaram. Finalmente achara um bom lugar, longe de tudo. Onde o garoto iria poder crescer sem ser importunado pelos emissários de Oroboros. Estava selado o acordo. Não havia mais o que ser dito. Ranuran se foi num piscar de olhos, já Alberich retornou à sua casinha, ansioso para contar à Friya o que havia acontecido e preocupado ao mesmo com o mago das trevas que agora iria governar aquelas terras dali em diante. O menino já era um vitorioso. E uma certeza que Alberich teve foi que ele seria o filho pródigo.

Três dias depois chegou, sob forte nevasca, um curto bilhete enviado por um emissário a todos habitantes do Entorno, que dizia:

Contemple o novo rei: Oroboros, o Iluminado.

Terminando com uma insígnia maligna: duas cobras formavam um circulo, e no centro do circulo havia um olho macabro. O Olho do Iluminado; a nova ordem chegara, porém nem Ranuran, nem Alberich poderiam predizer o que estava prestes a vir.

sábado, 27 de novembro de 2010

Sinopse

"Alberich respirou fundo. Olhou profundamente nos olhos do filho e disse numa voz embargada:
- Carreguei isso comigo durante longos dezessete anos. Não posso guardar mais. Acho que já esta na hora de você saber. "

O Reino do Sul está para ser tomado pelas forças do mal. O mago Oroboros tomou a coroa, através de um golpe, e somente um pode limpar a sujeira que mancha o trono. Demonios, florestas de arvores gigantes, uma guerra e uma espada. Será Harvy capaz de lutar contra uma força tão poderosa?